A descoberta foi feita depois que os pesquisadores conseguiram observar o que acontece por trás da cobertura de nuvens de Júpiter. Isso foi possível usando dados gravitacionais coletados pela sonda espacial Juno, da NASA. Com base nessas informações, os cientistas construíram modelos de computador para recriar o que está oculto sob densas camadas de gás.
Assim, a equipe conseguiu mapear o material rochoso no núcleo do planeta gigante, que revelou uma abundância surpreendentemente alta de elementos pesados. Até agora, havia duas teorias diferentes sobre como Júpiter se formou. A primeira diz que o planeta acumulou bilhões de rochas espaciais menores durante um longo período de tempo. A segunda indica que o núcleo de Júpiter se formou a partir da absorção de muitos planetas menores e grandes rochas espaciais.
Essa segunda teoria se fortaleceu com o novo estudo. Segundo os astrônomos, a composição química de Júpiter revelada pelos novos dados da sonda Juno sugere que o gigante devorou planetas bebês, ou planetesimais, para fomentar seu crescimento expansivo. Os pesquisadores dizem que apenas isso poderia explicar a alta concentração de elementos pesados presentes em Júpiter.
Fonte: History Brasil.