Os últimos dias foram marcados por uma nova queda no preço do milho. Dados do Cepea apontam que a saca foi vendida, em média, a cerca de 85 reais. Quer dizer que ela praticamente voltou ao patamar praticado no começo do mês. Só que no meio do caminho o dólar alto tinha feito a cotação subir. Agora, a queda está ligada ao avanço da colheita da segunda safra, que aumenta a oferta, e à pressão feita pelos compradores, já que boa parte deles não aceitou bem o aumento e saiu de cena, nos últimos dias.
Já o arroz está mais caro. O avanço acumulado desde o dia primeiro se aproxima de três por cento, para 73 reais a saca do grão em casca no Rio Grande do Sul. A alta é fruto de um aumento das demandas internacional e doméstica, mesmo com a crise, que tem obrigado o brasileiro a cortar gastos e derrubou o consumo em várias praças. O ritmo de negócios até poderia ser maior, uma vez que tem muito produtor interessado em fazer caixa e disposto a vender. Porém, o alto preço do frete, por exemplo, tem dificultado a logística.
E começou a colheita do girassol no Centro-Oeste. Em Goiás, estado que mais produz o grão no país, a área de cultivo cresceu 25 por cento neste ano. O resultado será uma das maiores safras da história, perto de 40 mil toneladas. Numa situação normal, a alta oferta derrubaria os preços. Porém, a guerra entre Rússia e Ucrânia, importantes produtores mundiais de óleo, fez crescer a demanda pelo girassol brasileiro. Com isso, o preço dobrou e tem agricultor que já vende a saca a quase 200 reais.
Fonte: Radio 2.