Alta seguida dos alimentos tem feito desaparecer das gôndolas dos supermercados itens como doces, chocolates e outras guloseimas de maior valor e não integrantes da cesta de alimentos essenciais.
Redes varejistas começam a trabalhar com estoques menores daqueles produtos que já não são muito procurados pelos consumidores, frente à redução do poder de compra.
A reposição também tem levado mais tempo do que se via antes da disparada da inflação.
Em maio, segundo reportagem do Estadão, a indisponibilidade de chocolates disparou nas prateleiras com a diminuição das vendas do produto.
A falta de barras passou de 20%, quase o dobro do registrado em abril, segundo dados do Índice de Ruptura da Neogrid em cerca de 80% das maiores redes supermercadistas do país.
É o reflexo de um embate entre indústria e varejo na questão do repasse do custo da produção para a venda.
O varejista compra menos temendo o encalhe do produto que vai ser mais caro ao consumidor.
Especialistas em negócios avaliam que há um descompasso no mercado em relação a demanda dos gêneros mais encarecidos.
Antes, varejistas queriam comprar a qualquer preço para atender o consumidor.
Hoje, com o poder de compra do consumidor apertado, quem toma a frente dos negócios é o fabricante, que quer vender, mas não tem tanta demanda.
Fonte: Radio 2.