Mais de 70 milhões de pessoas no mundo são afetadas por algum tipo de transtorno alimentar.
Os tipos são diversos: anorexia – quando a pessoa deixa de ingerir alimentos com medo de engordar; bulimia – quando come demais e depois se sente culpada, e regurgita o que ingeriu; compulsão alimentar – quando come sem medida.
Há ainda a restrição evitativa – na sigla Tare – a recusa por alguns grupos de alimentos de uma determinada cor ou textura por exemplo; a alotriofagia – caracterizada por experimentar elementos como terra, metal e outros não-alimentares; ou a vigorexia, geralmente associada ao cultivo ao corpo, onde a dieta se restringe a mínima variedade de alimentos ou apenas suplementos.
Especialistas alertam para o diagnóstico e tratamento desse descompasso, que muitas vezes, tem origem num transtorno mental ou emocional.
Pessoas com anorexia podem atingir graus de desnutrição excessivos, com perda de nutrientes, queda da pressão arterial e de potássio, que podem levar até a morte.
A bulimia provoca alterações no nível de hidratação do organismo – com descompensação de sódio, potássio, cálcio e magnésio - que também pode causar a morte.
Segundo José Carlos Appolinário, coordenador da Comissão de Transtornos Alimentares da Associação Brasileira de Psiquiatria, os transtornos alimentares são doenças mentais diferentes, porque o limite entre uma patologia mental e a doença clínica é muito tênue.
O tratamento para esses problemas deve ser multiprofissional, conduzido por psiquiatra, psicólogo, nutricionista e clínico.
E os familiares também devem ficar atentos não apenas para buscar ajuda para o diagnóstico, como manter um acompanhamento para orientação médica sobre como tratar a relação com o paciente em fase de recuperação.
Fonte: Radio 2.