Estudo de pesquisadores ligados à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) no interior paulista e à Universidade da Califórnia-San Diego, nos Estados Unidos, descobriram a causa de disfunções neuropsiquiátricas associadas ao transtorno do espectro autista.
Os cientistas conseguiram conter a evolução da síndrome em experimentos de laboratório e abriram a possibilidade de tratamento para as perturbações provocadas pela síndrome.
O trabalho, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapesp) foi publicado na revista Nature Communications.
De acordo com os pesquisadores, para a maioria dos casos de transtorno do espectro autista, não se saba qual gene causa a condição quando sofre mutação.
O mesmo ocorre para a maior parte das doenças neuropsiquiátricas, como esquizofrenia, depressão e transtorno bipolar.
A síndrome de Pitt-Hopkins – que tem características do espectro autista – tem origem na mutação do gene TCF4, que agora, teve desvendado o processo de alteração dos mecanismos moleculares que provocam mudanças nas células do sistema nervoso do paciente.
Os testes de diferentes maneiras interferiram na evolução do quadro e reverteram os efeitos causados pela mutação.
O sucesso da experiência possibilitará o desenvolvimento de medicamentos e de terapia gênica para tentar conter a evolução da síndrome Pitt-Hopkins, que afeta um a cada 35 mil nascimentos.
Fonte: Radio 2.