A cada semana, surgem novas denúncias de crime praticados por hackers que burlam o sistema de segurança da chave “keyless”, que permite abertura das portas e partida no carro à distância.
A modalidade explodiu na Europa e no Reino Unido há cerca de dois anos e agora é praticada no Brasil.
Segundo especialistas, a prática criminosa é chamada de relay attack.
Os bandidos agem em dupla.
O primeiro utiliza um dispositivo que rouba o código da chave presencial e o transmite para outro aparelho – um smartphone com um software específico para decodificar o código de segurança.
O comparsa se aproxima do veículo e com o celular que recebeu a informação consegue destravar as portas e acionar o motor. Como se estivesse com a chave digital.
Os kits usados pelos criminosos são adquiridos na internet com baixo custo.
Em Londres, foi relatado furto do modelo Land Rover e no Brasil, reportagem exibida na TV mostrou a ação em que bandidos levaram o Jeep Compass, equipado com o sensor de chave.
A vítima brasileira entrou numa padaria com a chave codificada no bolso.
Foi onde o bandido com o equipamento dentro de uma mochila clonou o sinal.
Especialistas em segurança digital ouvidos pelo UOL explicaram que as montadoras utilizam a mesma base tecnológica, mas algumas marcas acrescentam camadas de segurança e criptografia.
Segundo eles, há dispositivos que geram um novo código toda vem que o carro é trancado. Já outros, mantêm a codificação por tempo indeterminado.
Uma alternativa para se proteger do rellay attack é utilizar um estojo especial que bloqueia as ondas de frequência emitidas pela chave, o que impede que os hackers captem o código.
Outra solução mais caseira é enrolar a chave com papel alumínio.
Fonte: Rádio 2.