Mutirão no Sistema Único de Saúde (SUS) acelerou, em apenas dois dias, a agenda de cirurgias bariátricas ao menos a 50 pessoas obesas que estavam há anos na fila à espera do procedimento.
As cirurgias foram realizadas por médicos voluntários, que utilizaram técnica minimamente invasiva, com pequenos cortes na barriga - menores de um centímetro -, em vez da cirurgia aberta, praticada comumente.
Além de promover um corte menor, o método de videolaparoscopia provoca menos dor, menor necessidade de remédios e do tempo de internação e permite maior rotatividade nos leitos hospitalares, conforme destaca Luiz Vicente Berti, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
Ele próprio, um dos voluntários do mutirão que ocorreu nas cidades de São Paulo, Curitiba, Bahia e Recife no início de março.
O atendimento foi possível com parceria com a iniciativa privada, que doou 500 equipamentos e emprestou 10 torres de vídeo para observação no interior do abdômen.
A cirurgia por videolaparoscopia já é autorizada no SUS desde 2017, mas segundo apuração da Folha de São Paulo, 93% das bariátricas feitas no Brasil ainda são com corte de até 20 cm na barriga.
Durante a pandemia de covid-19, o número de cirurgias realizadas pelo SUS caiu em todo o país.
De mais de 12.500 procedimentos para quase 2.300 somente em 2021 – uma queda de mais de 80%.
Fonte: Radio 2.