Agente do Ministério Público do Trabalho resgataram, nesta semana, mais de 40 pessoas que trabalhavam em condições análogas à escravidão em plantações de maçã no município de São Joaquim, em Santa Catarina.
O grupo de 49 pessoa saiu do Maranhão, em 22 de fevereiro.
Segundo as investigações, eles foram aliciados por um intermediador e pagaram, cada um, R$ 650 pela passagem de ônibus até Santa Catarina. E os que não tinham o valor aceitaram que fosse feito desconto do pagamento que receberiam pelo trabalho.
No entanto, diferente do que foi prometido, os trabalhadores foram levados para alojamentos insalubres e, segundo informou em nota o Ministério Público do Trabalho, tinham limitadas suas possibilidades de deixar o serviço em razão de dívidas contraídas com o aliciador que administrava a execução da colheita nas propriedades dos empregadores.
Eles tinham que pagar pelo alojamento e comida e só tinham acesso a água que não passava por tratamento ou filtragem.
Os produtores de maçã das propriedades nas quais as vítimas trabalhavam tiveram que quitar as verbas rescisórias de todos os resgatados, em um valor total de R$ 174 mil.
Além disso, pagaram multa de R$ 10 mil por dano moral coletivo e as vítimas receberam R$ 900,00 para as despesas de retorno ao estado de origem.
Fonte: Radio 2.