Florestas públicas não destinadas estão entre os alvos da grilagem de terras na Amazônia, que em fevereiro teve aumento de 62% na área desmatada, na comparação com o mesmo mês de 2021.
São áreas florestais que pertencem aos governos estaduais ou federal, mas que ainda não tiveram seu uso decretado para que sejam destinadas a unidades de conservação.
O objetivo é priorizar o uso sustentável pelas comunidades, para que não fiquem sujeitas à ação de grileiros.
Dados preliminares do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe, mostram que até 25 de fevereiro o desmatamento da Amazônia alcançou 199 quilômetros quadrados.
Em janeiro foram mais de 400 quilômetros quadrados e juntos, os dois meses, registram 629 quilômetros quadrados de devastação da floresta, nível considerado recorde.
Para se ter uma ideia da dimensão, a cidade de Salvador, capital da Bahia, possui quase 694 quilômetros quadrados.
Divulgados pela agência Reuters, os dados do Inpe indicam que o Mato Grosso foi o estado com maior área sob alerta de desmatamento em fevereiro, com 78 quilômetros quadrados.
Em seguida aparecem o Pará, com 49 quilômetros quadrados, o Amazonas, com 40 quilômetros quadrados e Rondônia, com 23 quilômetros quadrados.
Roraima registrou cinco quilômetros quadrados de devastação e o Maranhão, três quilômetros quadrados.
Não houve alerta de desmatamento no Acre, Amapá e Tocantins.
Cerca de 60% da Amazônia ficam no Brasil e a preservação da floresta é considerada essencial para combater o aquecimento global e as mudanças climáticas.
Fonte: Radio 2.