Uma em cada dez pessoas sofre de doença renal crônica em todo o mundo. O alto número de casos motivou a Sociedade Internacional de Nefrologia a criar o Dia Mundial do Rim, celebrado sempre na segunda quinta-feira do mês de março.
A alteração na função renal está ligada a outras condições de saúde dos pacientes. No Brasil, as principais causas são a hipertensão e a diabetes, segundo a SBN, Sociedade Brasileira de Nefrologia.
Quando os rins estão comprometidos eles perdem a capacidade de filtrar e limpar impurezas presentes no sangue, para que o corpo elimine por meio da urina.
Por isso, a necessidade da hemodiálise, que faz o processo de limpeza artificialmente, em uma máquina, sem que as outras funções do corpo fiquem comprometidas.
A professora aposentada Vera Soares tem diabetes e sofre de doença renal. Ela faz hemodiálise há 9 anos e deseja passar por um transplante de rins.
O tratamento de diálise é oferecido de forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde e os pacientes realizam o procedimento três vezes por semana.
Outra modalidade é a diálise peritoneal, realizada por meio de um cateter no abdome, operada em casa pelo paciente. Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, 140 mil pessoas fazem diálise no Brasil.
A doença renal crônica apresenta sinais tardiamente. A nefrologista Isadora Calvo alerta para a importância de um diagnóstico precoce.
Somente em 2021, o Brasil realizou quatro mil e oitocentas cirurgias de transplantes de rim. De acordo com o Ministério da Saúde, esse número representa 70% do total de transplantes de órgãos feitos no país. O Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking mundial de transplantes renais.
No ano passado, a pasta destinou R$ 3,2 bilhões para os tratamentos de insuficiência renal da rede pública e conveniada ao SUS.
A Sociedade Brasileira de Nefrologia estima que, até o ano de 2040, a insuficiência renal crônica seja a quinta maior causa de mortes em todo o mundo.
Fonte: Agencia Brasil.