Quem vê as falésias, não vê a erosão. A paisagem de paredões naturais feita pelo mar em trechos do litoral do Nordeste atrai turistas o ano inteiro, mas em novembro de 2020 a morte de uma família no desabamento de uma Falésia na praia de Pipa no Rio Grande do Norte mostrou os riscos por trás da paisagem.
Acidentes em falésias podem ser mais comuns do que se tem notícia. É o que demonstra uma pesquisa realizada pela UFC e pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Entre março e novembro de 2021, o Projeto Falésias estudou 8km desses paredões nas praias de Pipa e Barra da Tabatinga, no litoral potiguar, e fez um mapeamento dos riscos. Drones, sensores e radares ajudaram a entender a dinâmica natural das falésias.
Foram verificadas áreas de erosão com chances de colapsos, desabamentos e tombamentos de blocos, informa Robson Pinheiro, professor do curso de geografia da UFC e um dos coordenadores do projeto. O Projeto Falésias é financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e a expectativa dos pesquisadores é que ele seja ampliado para estudos também no Ceará e na Paraíba.
Fonte: Agencia Brasil.