Tutores de cães e gatos tendem a ser mais extrovertidos, comunicativos e sociáveis. É o que mostra uma pesquisa realizada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, que comparou os fatores de personalidade entre pessoas que possuem animais e aquelas que não possuem.

A psicóloga Tatiana Iriguaray, uma das responsáveis pela pesquisa, explica que aqueles que têm animais de estimação costumam interagir mais com outras pessoas e acabam tendo um benefício indireto ligado ao bem-estar.

Os indivíduos extrovertidos costumam ser também mais afetuosos, aponta a pesquisa. É o caso da advogada Emilly Morais, moradora de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Ela tem oito gatos, sete deles resgatados das ruas, alguns com deficiência. Emilly afirma que cuidar dos bichanos é uma das coisas que a faz mais feliz, amor esse que ela transmite também para os animais da vizinhança.

A servidora pública Jucilene Alves, moradora de Brasília, cuida de um gato e um cachorro que foram escolhidos pelos filhos. Para ela, os animais de estimação ajudam na rotina, em especial durante a pandemia.

Por outro lado, o estudo da PUC do Rio Grande do Sul verificou também que o alto nível de apego aos animais de estimação pode estar relacionado com a maior vulnerabilidade psicológica dos tutores, como explica Tatiana Iriguaray. 

O estudo contou com 2.463 participantes de todo o país, com idade entre 18 e 76 anos. Por meio de questionários, eles foram avaliados quanto ao nível de apego aos pets, traços de depressão, ansiedade e estresse, e fatores de personalidade. A pesquisa foi realizada entre setembro e novembro de 2020.

Fonte: Agencia Brasil.