As 15 girafas apreendidas pela Polícia Federal, por maus tratos, no PortoBello Resort & Safari, em Mangaratiba, na Costa Verde do Rio de Janeiro, estão sob os cuidados do Ibama, mas vão continuar no resort. Já os dois homens responsáveis pela manutenção dos cativeiros e que foram presos em flagrante pelo crime de maus tratos a animais prestaram depoimento na Superintendência da PF, no centro do Rio, e foram liberados.
A operação da Polícia Federal, na tarde dessa quarta-feira (26), fez parte do inquérito policial instaurado pela Delegacia de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico e foi acompanhada por analistas ambientais do Ibama, para verificar informações sobre a morte de três girafas, de um total de 18, importadas da África do Sul, e foi constatada a situação de maus tratos.
O Ministério Público Federal instaurou procedimento para apurar a regularidade da importação, a ocorrência dos maus tratos e a morte das três girafas
O procurador Sérgio Suiama pediu um relatório para o grupo Cataratas, que administra o BioParque, com sugestões para acomodar as 15 girafas.
De acordo com a PF, a investigação vai prosseguir. Serão apuradas as circunstâncias e a legalidade da importação dos animais, bem como as condições de manutenção e cuidado das girafas.
Em nota, o BioParque Rio, responsável pelo resort safari, informou que as girafas chegaram ao Rio de Janeiro no dia 11 de novembro de 2021. No dia 14 de dezembro, seis derrubaram a cerca de proteção e fugiram. Em seguida, elas foram recapturadas e três delas morreram.
A nota afirma que as denúncias de maus tratos são infundadas e que o resort trabalha com muita seriedade, responsabilidade e cuidado no manejo da fauna. Acrescenta que o grupo de 18 girafas veio de um local autorizado para manejo sustentável e desenvolvimento comunitário com essas espécies na África do Sul. E que a instituição foi devidamente aprovada pelos órgãos competentes brasileiros e sul-africanos.
Fonte: Agencia Brasil.