Por 4 votos a 1, a Diretoria Colegiada da Anvisa decidiu pedir ao Ministério da Saúde mais informações sobre como funcionaria o autoteste para detectar a infecção por covid-19. Esses esclarecimentos devem ocorrer em até 15 dias.
Na semana passada, o ministério publicou uma nota técnica defendendo o uso do autoteste. De acordo com o documento, seria uma forma de ampliar a triagem de possíveis casos de covid-19 e, ao mesmo tempo, reduzir a procura pelos serviços de saúde.
A diretora Cristiane Jourdan foi a relatora dessa análise e destacou a falta de critérios claros sobre o acompanhamento do resultado desses testes. Cristiane Jourdan, no entanto, defendeu que a Anvisa abrisse logo um processo regulatório sobre o autoteste.
Mas venceu a tese defendida pelo diretor Rômison Mota. De acordo com ele, a elaboração de uma política pública sobre a autotestagem é fundamental para que a Anvisa faça a regulação do tema. Para isso, o Ministério da Saúde precisa enviar mais informações para a Agência.
Durante um evento aqui em Brasília, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a política de testes de covid-19 se baseia na atenção primária.
Em alguns países que já usam o autoteste para covid-19, o material é vendido em farmácias. Em outros, é distribuído gratuitamente ou enviado para a casa das pessoas. O modelo que será usado no Brasil ainda não foi definido.
Fonte: Agencia Brasil.