A Fundação Oswaldo Cruz iniciou nesta sexta-feira (14) a última fase do processo para produção de vacina contra a covid 100% nacional. Começou o descongelamento do primeiro lote do IFA nacional, em Bio-Manguinhos, Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz.
Desde o ano passado, a Fundação produz o imunizante em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, mas com o Ingrediente Farmacêutico Ativo importado da China. O insumo é o mais importante da vacina, pois contém as informações necessárias para que o corpo produza defesas contra o coronavírus.
Depois de descongelado, o IFA vai passar pela formulação, quando é misturado a outros ingredientes, e será envasado nos frascos. A vacina, então, é revisada, rotulada e embalada para ser entregue ao Ministério da Saúde. Segundo Bio-Manguinhos, o instituto já tem material suficiente para produzir mais de 20 milhões de doses.
De acordo com o Ministério da Saúde, as primeiras vacinas contra a covid-19 100% nacionais começarão a ser aplicadas nos brasileiros em fevereiro. O Ministério avaliou este como o primeiro passo que o Brasil dá na autossuficiência do imunizante para combate à doença. A presidente da Fiocruz, Nisia Trindade, destaca a importância dessa transferência de tecnologia.
A produção do IFA em solo brasileiro só foi possível porque, em junho de 2021, AstraZeneca e Fiocruz assinaram um contrato para a transferência da tecnologia. Para aprovar o insumo nacional, a Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária - fez diversos estudos, analisando se a vacina teria o mesmo desempenho que a fabricada no exterior.
Fonte: Agencia Brasil.