Já aconteceu com você de tocar em alguma pessoa ou objeto — como uma maçaneta ou registro do chuveiro — e levar um choque que, às vezes, chega até a soltar faíscas? Isso acontece devido à eletricidade estática, a mesma que faz seu cabelo ficar meio arrepiado de vez em quando.
A gente não percebe, mas o corpo humano é um bom condutor de eletricidade, ou seja, permite que cargas elétricas (os elétrons) se movimentem livremente, possibilitando a passagem de corrente elétrica. O tempo todo estamos nos carregando e descarregando. Muitas vezes nosso corpo fica tão eletrizado (com acúmulo de elétrons) que acaba descarregando essa energia no primeiro objeto condutor (metal ou o corpo de outra pessoa, por exemplo) que aparece pela frente.
Quando o corpo possui a mesma quantidade de prótons e elétrons, estamos neutros e não saímos dando ou levando choques por aí, mas quando a carga estática de uma pessoa está diferente da de outra ou do objeto que ela toca, ou seja, uma está mais carregada que a outra, o contato resulta em troca de cargas elétricas, de onde vem o famoso choquinho! Esse processo de perda ou ganho de elétrons chama-se eletrização. A sensação não traz maiores danos porque a corrente gerada é muito baixa.
Apesar de não terem uma época certa para acontecer, os choques deste tipo são mais comuns nas estações mais secas e no inverno, quando muita gente usa roupas de lã sintética, material que mantém a carga elétrica. Quando a pessoa está descalça, essa corrente é liberada aos poucos e não chega a ser percebida e, quando a pessoa está com um calçado com solado de borracha, que serve como isolante, ela acumula maior carga. Nesse caso, um simples aperto de mão em outra que não tem a mesma carga estática pode fazer com que ambas sintam um leve choque, pois o excedente de carga em uma das pessoas se distribui, passando parcialmente para a outra.
A maçaneta do carro é outro lugar muito comum de sentirmos a sensação. Isso, porque o carro acumula carga ao se movimentar e o atrito com o ar faz com que a carga elétrica fique na superfície externa do carro, que é de metal, se estivermos com acúmulo de carga elétrica, ao tocarmos na porta do automóvel podemos sentir o choque.
Fonte: Blog Com Ciência.